Uma breve discussão sobre Vazamentos, Segurança e Meio Ambiente com relação a Juntas de Vedação

Introdução

Devemos sempre partir do princípio que o “Vazamento Zero” não existe. Outro dado da realidade nos diz que até 90% dos incêndios, explosões e danos ao meio ambiente são consequência de falhas de vedação, ou seja, vazamentos em flanges, acoplamentos, eixos etc.

É contraditório o fato de que a junta costuma ser o elemento mais barato de uma instalação. Porém erros na seleção de materiais, escolha da junta apropriada para o processo e sobre todos os erros de instalação acabam se transformando em custos enormes para as organizações.

A Taxa de Vazamento admissível e, portanto, a junta a utilizar é um conceito relativo. Depende do fluido que será necessário vedar. É admissível ter uma pequena perda de vapor de água, mas muito perigoso uma do mesmo tamanho de gás cloro. Do mesmo jeito que podemos admitir uma certa perda de água em um circuito de rede de incêndio, a alimentação de água de refrigeração, mas se o produto vazante é Benzeno que é inflamável, explosivo e esta associado a enfermidades como câncer, a coisa muda.

Ultimamente também tem ganho grande atenção o tema das Emissões Fugitivas por causa da poluição. Existem muitas regulamentações à respeito, mas um bom documento de consulta é a norma Alemã VDI2440 que estabelece valores máximos para refinarias e petroquímicas.

Critérios para seleção de uma junta:

  • Pressão e Temperatura;
  • Fluido a ser vedado;
  • Perigo de Incêndio, Explosão o Dano ao Médio Ambiente;
  • Acabamentos dos flanges ou superfícies de contato;
  • Outros fatores relevantes como: vibrações, saltos térmicos grandes, dificuldades físicas para manutenção…

Embora estes princípios possam ser úteis, um critério bem prático é seguir as recomendações do fabricante. Mas se a coisa complicar é necessário consultar o Código ASME sobre Caldeiras e Recipientes a Pressão que em sua Sessão VIII, oferece a metodologia de cálculo para os parâmetros fundamentais a serem levados em conta para assegurar uma correta vedação. A própria ASME desenvolveu uma metodologia superior que leva em conta as condições de processo e que chama-se Método PVRC. Deverá ainda assegurar outros fatores tais como compatibilidade química, torques recomendados etc.

Instalação

Como mencionando anteriormente erros de instalação são responsáveis por boa parte dos acidentes. Para obter um ótimo resultado a Junta deve ser instalada corretamente. Sugerimos, ler com atenção o nosso ebook.

Conclusão

Uma correta seleção do tipo de Junta, dimensões, tipos de materiais e uma instalação perfeita podem evitar incidentes de altíssimo custo para as empresas.